sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Atividade 1.1 Quem sou como professor e aprendiz

Diria que basicamente podemos subdividir as pessoas em quatro grupos, em termos de reação frente às transformações tecnológicas:

1. Há os apologetas, laudatórios ou deslumbrados com a capacidade de os homens objetivarem sua inteligência nas máquinas. Estes só vêem aspectos positivos nas novas tecnologias e, segundo eles, a única saída para a humanidade é tecnologizar- se completamente.

2. Existem os apocalípticos que só vêem aspectos demoníacos nas criações tecnológicas dos homens. A TV é a causa da desagregação familiar; as máquinas de calcular são um elemento limitador do raciocínio; o telefone impede a aproximação física das pessoas; o computador está substituindo e colocando o homem a seu serviço, etc. Segundo estes, a causa de tudo o que está ocorrendo de errado é a adesão ir refreada dos homens aos artefatos tecnológicos.

3. Há um terceiro grupo, os indiferentes, que não se apercebem das transformações que estão ocorrendo, apesar de todas as evidências que os cercam. Estes estão tão acomodados e voltados sobre si mesmos que nos suscitam a lembrança de Narciso. O que os indiferentes não deveriam esquecer é que o (a)s amantes perdidamente apaixonado(a)s e não correspondido(a)s por Narciso, transformaram o desprezo em amarga vingança.

4. Por fim, há um quarto grupo que procura se posicionar frente às novas tecnologias e apreender exatamente como elas são: criações humanas, carregadas de ideologias, capazes de contribuir para que os homens entrem no reino da liberdade ou de jogar os homens no despótico mundo descrito por George Orwel, no livro 1984, 37 no qual o big brother, graças aos aparatos tecnológicos, torna-se onipresente, submetendo tudo e todos à sua ditadura.

O ideal seria que os professores se situassem neste quarto grupo. Porém esse é apenas um passo. Conscientes de que, conforme afirma Habermas, 38 a ciência e a técnica podem se transformar em ideologia é preciso avançar no sentido de que as criações humanas estejam sob o domínio dos homens e principalmente que sejam colocadas a serviço de todos os homens. E tendo presente que, embora o capital venha se metamorfoseando, no essencial, sua lógica continua inalterada.

Significa que estamos diante de um grande impasse, isto é: a manter-se essa lógica, a exclusão continuará crescendo em proporções geométricas; a destruição desta lógica significa a dissolução da forma capitalista de produzir a existência. Como a dissolução parece não ser palpável em curto prazo e como a exclusão é visível e se amplia no nosso cotidiano, é preciso não sucumbir, buscar estratégias, escolher com quem aliar-se, pois o capital é padrasto e a situação de quem não é incluído é de "cria enjeitada". É bom ter presente que o capital só faz concessões quando periga soçobrar ou, como popularmente se fala: entregar os anéis para preservar os dedos.

Numa sociedade globalizada onde novos conhecimentos surgem em alta velocidade, não conseguimos nos adequar a grande quantidade de novidades. Um exemplo disso é que nos dias de hoje entendemos que o professor não pode ser o único responsável pela manutenção do conteúdo e conhecimento, visto que, a internet traz — tanto ao aluno como ao professor.

A aprendizagem não é apenas um requisito, mas também uma exigência para podermos transformar a sociedade do conhecimento da qual também faz parte, precisamos investir no conhecimento e seguramente na aprendizagem, mas para isso é preciso que os jovens recebam de nós educadores os meios técnicos para conseguir aproveitar bem, a gama de informações disponíveis no ambiente virtual.

No ritmo da mudança tecnológica e cientifica em que vivemos ninguém pode prever que dentro de 10 a 15 anos precisaremos dominar para podermos enfrentar as demandas que lhe for colocada. Embora se diga que vivemos em uma sociedade do conhecimento, o acesso a esse conhecimento culturalmente gerado não e fácil, como mostram as crises permanentes vividos por nossos sistemas educacionais.

Segundo Pozo, a nova cultura da aprendizagem requer, no mínimo, ensinar aos alunos, a partir das diferentes áreas do currículo, cinco tipos de capacidades para gestão meta-cognitiva do conhecimento que são:

- Competências para a aquisição de informação;
- Competências para a interpretação da informação;
- Competências para a análise da informação;
- Competências para a compreensão da informação;
- Competências para a comunicação da informação.

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